Critical Watcher
Estou deveras alegre por saber que existem pessoas que me acompanham e que gostam do que lêem. Para mim, é de um prazer imensurável ouvir um carinho de meu leitor ou até mesmo aquelas críticas construtivas que poucos gostam - ou quase ninguém. Venho aqui, então, agradecer a todos aqueles que fazem parte de minha história, àqueles que de uma maneira ou de outra estão desenhando os lirismos que saem de nossa imaginação em conjunto, aos abraços virtuais mais sentidos do que até alguns ditos reais, às doces palavras que mais têm gosto de mel do que o próprio dono da palavra.

Eis meu prêmio feliz:

Recebi este selo de dois grandes artistas da escrita, a Kate Polladsky e o Nobre Epígono... Ambos são donos de blogs, cujos endereços estão linkados logo abaixo, respectivamente. Vale a pena conferir:

- TURN CHAOS INTO ART (É aquele cantinho doce, onde, de fato, o caos é transformado em arte. Uma sensação sublime de sentimentos à flor-da-pele, a doçura de uma mulher e um livro de significados humanos que não devem jamais passar despercebidos.)

- IMAGINAÇÃO DE UM NOBRE (Esse canto é mágico. Ele traz à tona a imaginação brilhante de um nobre. Contos belíssimos, histórias verídicas, a perfeição do equilíbrio entre as palavras e seus sentidos.)

Obrigado pelo prêmio, amigos.

E como é de praxe, devo presentear 5 outros blogueiros com o selo recebido. As minhas indicações são:

Líricas.
Notas de um Amnésico.
Pesar de Alma.
Mundo Pop.
Ma Passion Rouge.

Parabéns a todos.
Critical Watcher

Hoje, mais do que nunca, em um dia em que o medo de perdê-lo se fez tão presente, venho lhes dizer algumas palavras singelas, provindas do ponto mais cândido de meu coração. Sempre me achei uma pessoa muito complicada, de difícil relacionamento; alguém que não conseguia entender o porquê de o “amor” ser assim: tão complicado e infértil... Os dias iam e vinham e, a cada nova experiência, decepções me surgiam.

E eu chorava. Chorava feito criança quando descobre que o papai Noel não existe mais; ou quando acabava o dinheiro para brincar no parque de diversões mais badalado da cidade, não tendo ido em todos os brinquedos. Os brinquedos... Ah, alusão aos relacionamentos que vivi. Eu sempre acreditava que aquele seria meu brinquedo predileto, cujo investimento sempre seria lançado nos risos, na felicidade estampada, no tempo perdido brincando de fazer nada, nos giros e na serenidade dos cavalinhos que pareciam, de fato, cavalgarem.

E o divertimento sempre acabava, cedo ou tarde. Não era o que eu queria para mim. Não era eu quem decidia o fim daquele instante. Eu só pretendia encontrar o meu brinquedo: no sentido mais pueril da palavra. O brinquedo que não fosse apenas um brinquedo. Aquele que me fizesse, por definitivo, esquecer do tempo e deixar que todas as minhas moedas do meu porquinho de gesso valessem a pena. O brinquedo que me completasse em todos os momentos, tristonhos ou felizes.

Certo dia, percebi que os parquinhos de diversões sempre iam embora, após arrecadarem todo o meu tesouro. Deixavam marcas que jamais sairiam de minha vida. Sentimentos que nunca seriam esquecidos: um aprendizado constante. Passava-se o tempo e as festas juninas voltavam a ocorrer. E mais uma vez lá estavam eles: os parques. Sorria com a pretensão mais que nobre de encontrar o que eu procurava, até que novas dores surgissem e novamente aqueles bons tempos fossem embora.

Algumas vezes, eu fazia questão de expulsá-los. Outras, eles se iam sem que eu nem percebesse. O meu medo ia cada vez se tornando mais comum, pois eu estava quase certa de que você não existia. Eu tinha tentando de várias maneiras encontrar você, seja nos fogos de artifício ou no “carrinho de bate-bate”, nas lembranças gostosas da maçã recheada de mel ou nos crepes suíços com chocolate. E de nada me valia. Tempos quase perdidos e que me causavam frustração, medo e aspereza.

*

Mas você surgiu. Surgiu naquele brinquedo de tiro ao alvo, em que as pessoas tentam derrubar os pirulitos, doces, chocolates e afins... Em um tiro certeiro, consegui acertar o seu coração. Um coração espelhado, cuja imagem não passava do reflexo do que eu era. A bala de borracha não quebrou o alvo, e voltou ao meu encontro, acertando-me sem medo.

Havíamos nos encontrado. Senti isso desde o primeiro instante, mesmo com a dor ínfima do início de tudo, com confissões minhas que te deixaram atordoado – o choque inicial da bala em meu peito. Já não vivo sem você. Sinto que é parte de mim e que eu não vou te perder nunca, pois parquinhos de diversões sempre vão e vêm, mas aquela bala que nos acertou em cheio, nunca sairá dos nossos corações.

Depositei, assim, em você, todas as minhas finanças. Cada moedinha de ouro seria a você destinada. Cada medo seria por nós dois enfrentado. Cada dúvida teria fim com o seu simples sorriso de explicação. Foi quando descobri que você não era um brinquedo. Você era o ser mais lindo que já me passara em vista. O alguém por quem esperei noites a fio... E, então, desde esse dia, o meu porquinho de gesso nunca esteve tão feliz e satisfeito, não mais carregando moedas, mas sim uma plenitude de sentimentos que eu não me atreveria a descrever.

A menina do sonho.