Foto: Marc Romanelli
Parados estavam eles naquele banquinho da praça a admirar a velocidade com que aquelas pessoas caminhavam ali; não olhavam sequer ao lado, criando um submundo voltado pra sua própria realidade.
Entreolharam-se por um milésimo de segundo, mas preferiram manter o silêncio. Pareciam estar presos em sua própria realidade, já não havia mais ruído, já não havia mais pessoas. Só restavam pensamentos.
E mesmo diante daquele grau de contato íntimo com o seu próprio eu, cada um deles fazia dos olhares que sobrevinham uma forma de encontrar o caminho do outro. E a taciturnidade ainda reinava naqueles gestos tão delicados.
Qual será o melhor caminho a seguir? Perguntavam-se.
As dúvidas pareciam gritar em suas cabeças e ao mesmo tempo, o coração palpitava cada vez mais rápido, cada vez mais confuso.
A verdade é que eles dois tinham muitos pensamentos em comum, mas de que adiantava? O medo sempre se tornava vilão da situação e apoderava-se de qualquer tentativa de fuga ou subterfúgio. No entanto, a força dos dois veio à tona. Encararam suas dúvidas e receios com o coração valente e aberto.
Não havia mais tempo para procrastinar. Era tarde e o tempo parecia passar cada vez mais rápido. Em medidas assustadoras, eles viram suas vidas passarem em um segundo. Será que tinha valido a pena? Era hora de seguir em frente.
Ele deu sua mão pra ela, fazendo-a segurar fortemente. Ela, sorrindo, apertou ainda com mais força. Não falaram nada e, olhando para o horizonte, começaram a correr sem descanso. Nada fazia mais sentido parar ali. Incansavelmente, por dias e noites, estavam os dois contornando a mecânica falha de seus corpos.
E entre tantas pessoas que antes ali estavam, entre tantos bancos, tantas praças, eles se encontraram. Estranhos e unidos, somente pela vida.
Entreolharam-se por um milésimo de segundo, mas preferiram manter o silêncio. Pareciam estar presos em sua própria realidade, já não havia mais ruído, já não havia mais pessoas. Só restavam pensamentos.
E mesmo diante daquele grau de contato íntimo com o seu próprio eu, cada um deles fazia dos olhares que sobrevinham uma forma de encontrar o caminho do outro. E a taciturnidade ainda reinava naqueles gestos tão delicados.
Qual será o melhor caminho a seguir? Perguntavam-se.
As dúvidas pareciam gritar em suas cabeças e ao mesmo tempo, o coração palpitava cada vez mais rápido, cada vez mais confuso.
A verdade é que eles dois tinham muitos pensamentos em comum, mas de que adiantava? O medo sempre se tornava vilão da situação e apoderava-se de qualquer tentativa de fuga ou subterfúgio. No entanto, a força dos dois veio à tona. Encararam suas dúvidas e receios com o coração valente e aberto.
Não havia mais tempo para procrastinar. Era tarde e o tempo parecia passar cada vez mais rápido. Em medidas assustadoras, eles viram suas vidas passarem em um segundo. Será que tinha valido a pena? Era hora de seguir em frente.
Ele deu sua mão pra ela, fazendo-a segurar fortemente. Ela, sorrindo, apertou ainda com mais força. Não falaram nada e, olhando para o horizonte, começaram a correr sem descanso. Nada fazia mais sentido parar ali. Incansavelmente, por dias e noites, estavam os dois contornando a mecânica falha de seus corpos.
E entre tantas pessoas que antes ali estavam, entre tantos bancos, tantas praças, eles se encontraram. Estranhos e unidos, somente pela vida.
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Ps.: E em meio a uma conversa de msn... A imaginação rola solta. Esse post tem participação especial de Monick Vasconcelos. Obrigado, menina linda! Acho que nossos pensamentos colaram. Beijos!
"E entre tantas pessoas que antes ali estavam, entre tantos bancos, tantas praças, eles se encontraram. Estranhos e unidos, somente pela vida". Que bonito isso, Vicente!
=*
"E mesmo diante daquele grau de contato íntimo com o seu próprio eu, cada um deles fazia dos olhares que sobrevinham uma forma de encontrar o caminho do outro."
Achei a parte mais bonita do texto!
Beijos.
que lindo...
"e no meio de tanta gente eu encontrei vc.."
;*
"Qual será o melhor caminho a seguir? Perguntavam-se. As dúvidas pareciam gritar em suas cabeças e ao mesmo tempo, o coração palpitava cada vez mais rápido, cada vez mais confuso."
Esse post mecheu comigo. Não vou mentir. Quase chorei. Tenho os meus motivos.
Abraços! E obrigado pelo comentário no post sobre a biblioteca, Critical!
E então garoto. Andei meio ausente do meu próprio blog e só hoje, quando atualizei-o vi seu post.
É como você disse, quase sempre estamos de partida, seja tarde e junto de alguém, ou seja sozinho mas agarrado a todos os seus sonhos e expectativas.
Deixar as lembranças...? Sou péssimo nisso... quem dera eu soubesse abandoná-las tão fácil quanto um sopro transforma uma rocha em uma duna.
Forte abraço!
Acho que manteremos ocntato por aqui!!! Topa?
Até mesmo dúvidas e medos em comum. Encontra-se dentro de outro corpo, é mais do que bom. É reconfortante.
Amor, coragem, luta...essa é a vida!
Muito bom, Renato!
Beijo!
Desculpa, Vicente!!!!!
Tinha acabado de sair do blog do Renato!
Perdo-me, por favor!!!
Vou tentar excluir aquele e corrigir...
Beijo!
Amor, coragem, luta...essa é a vida!
Muito bom, Vicente!
Beijo!
PS Devidamente corrigido!
Não sei excluir pelo meu blog, por favor, exclua para mim...
Desculpa outra vez...
de boca aberta;
o melhor de todos :}
Belo texto.
Ao inves de ficar questionando caminhos a serem seguidos, juntos ou nao, o melhor mesmo é se dar as maõs e sair por ai. Geralmente isso ocorre quando, num certo momento, as palavras não são mais suficientes para expor o que realmente deve ser feito.
Abçs!!!
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http://emlinhas.blogspot.com/
EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.
Novo texto: Política: O Melhor Partido
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See Here or Here
Eles se entendem mais que eu a mim mesmo. Nem sei se invejo ou se condeno. Voltarei então para algum lugar em busca da inspiração que começou por aqui.
Abraço
gostei muito daqui. textos bem escritos e de um conteúdo poético de natureza instigantemente bela, que nos convida a voltar mais vezes. vi que me visitaste no meu antigo blog, o "nada reticente". o convido a visitar-me no atual, o "ren'ai tsunami".
(http://njmarabuto.blogspot.com/).
abraço!
n.
Msn pode ser um bom aliado do Escritor, não?
Gostei da fórmula, tempo, vida, espaço!
Seria ssim com todas as pessoas ? Quando estão a espera de que alguém segure sua mão e corra para o infinitos....
Beijos(me perdoe a ausência:)