Sinto falta de alguém que nem mesmo sei se um dia existiu.
Sinto falta do impossível. Sinto falta do incomum.
Sim, eu sinto falta de tudo que me faça sonhar.
Dias velhos se vão, mas os novos sempre chegam. Assim, absolutamente pontuais.
"Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas."
e do seu carinho ao dizer que eu era único
São coisas assim que me assustam
e me fazem tentar voltar à realidade.
Mas eu não volto.
A dor da saudade ou o medo da conquista
são inerentes a qualquer grande amor.
E sentir-se humano é um graça divina:
uma conquista de poucos, na verdade.
A efemeridade das coisas torna tudo singular,
mas eu não gosto de coisas sem plural.
Para mim, tudo é intenso, vívido e vermelho
até que a cor desapareça e novas dores surjam.
E com as dores, novas paixões.
Com as paixões, alguns amores.
Acreditar que posso ir além mesmo sem você
torna meus dias menos difíceis.
Porque a paixão me consome, a paixão me enlouquece.
A paixão não anestesia as dores de vivê-la.
Procuro no celular alguma mensagem sua
e seguro-me para não te escrever coisas bonitas.
Mas as coisas não eram pra ser assim,
pois dizer-te amores não me faz um estranho.
Eu acredito em você se me olha nos olhos
e me diz que tudo será eterno.
Eu acredito quando você me diz novamente
que sou e serei para sempre o único.
Mas a minha crença não é infinita, meu amor.
Você sempre soube que ela dura o instante de uma faísca.
E que talvez fosse preciso me provar isso a cada novo dia,
porque no final eu sei que as coisas não são bem assim.
E [infelizmente] o ciclo recomeça.
Mom, today is your day. Happy Birthday!
But, mom, do not forget: everyday is your day, ok?
Eu poderia te falar coisas que te tocassem lá no fundo
Coisas boas, que te fariam sorrir e talvez me desejar
Ou, ainda, poderia dizer que tu és uma droga
Que envenena meu sangue e me faz querer-te ainda mais
Eu poderia simplesmente te fotografar um sorriso
Cuja imagem refletiria minha satisfação por tu existires
Mas poderia também fotografar um rosto triste
Pra justificar a dor que sinto pela tua ausência
Poderia sair correndo ao encontro do mar
E dizer-te o quanto foi maravilhoso sentir o vento tocar meu corpo
Mesmo sabendo que nada compensaria a ausência de tuas mãos
A ausência de teu toque, do teu beijo, do teu carinho
Eu poderia sim.
Poderia ser o primeiro a te mandar a mensagem de parabéns
Ou poderia ser o último a lembra-la do teu aniversário
Poderia te dizer o quanto esse dia é especial
Ou poderia dizer que tu estás mais velha e ranzinza
Eu poderia te comprar mil presentes encantadores
E esquecer que o maior presente é o próprio sentimento
Mas poderia também doar-te meu coração
E esperar que tu soubesses ajuda-lo a bater por nós dois
Eu poderia te ligar e dizer aquele “eu te amo”
Para encher nossos corações de felicidade
Mas eu também poderia estar ao teu lado
Olhando seus olhos, fazendo juras eternas de amor
Ah, sim.
Eu poderia sim.
Eu poderia te convidar para assistir algum filme “love story”
Dividir contigo aquela pipoca e os momentos mais felizes
Ou poderia fingir que tu não existes
E esperar, quem sabe, por um convite qualquer
Eu poderia deixar-te sozinha
Para curtir um pouco a liberdade de estar livre
Como aquele pássaro que pousou na nossa janela
E depois saiu feliz rumo à grandiosidade do céu
É, eu também poderia.
Poderia sim.
Eu poderia oferecer-te rosas, dos melhores aromas possíveis
Fazer teus olhos brilharem de felicidade
Ou poderia te mostrar os espinhos que até as mais belas rosas possuem
E dizer-te que nem tudo é perfeição
Sabe, eu acho que poderia ir muito mais além do que jamais fui
Ou poderia deixar-me estático, sem nenhum objetivo
Poderia fingir que você não é especial pra mim
Ou apenas dizer-te amenidades e esconder o que sinto
Mas eu aprendi que uma das coisas mais importantes
da vida é saber dizer o que sentimos enquanto podemos.
E você é uma dessas “pequenas coisas grandiosas”.
You should be happy, ‘cause...
[...]
yeah, ‘cause you are really loved. =)
-
Temos a noite inteira
Nesse quarto com vista ao mar
Temos o riso no rosto
Desejos que nunca se acabam
Teus braços nos meus
Temos a penumbra da noite
Sombras que desenham os nossos corpos
Feixes de luz que permitem as formas mais sutis
Temos tudo, meu amor
Temos o desejo de nos descobrir
Cada segundo é um mar de prazer
Não há distância entre você e eu
Não, não há meu bem
Quando estou contigo, é só você e eu
Teus lábios atacam minha boca
Tua sede alimenta meu ego
Teu calor derrete os meus medos
E você se diz toda minha, toda minha
Você me pede amor
Eu te dou o meu amor
E nadamos juntos nesse mar desconhecido
De lençóis, roupas e cobertores
Porque nosso encaixe é perfeito
E eu sei que você já me disse isso
E eu não preciso repetir outras vezes
Que quando estou com você somos apenas um
Não preciso repetir nenhuma outra vez
Porque prefiro guardar o que sinto
Aqui dentro comigo, sob minha custódia
Durante toda a estação
[E meu coração acelera mais uma vez...]
Uns optam pela vida, outros decidem pelo amor, e há os que acham tudo muito banal.
A verdade pode até parecer simples, mas estar imune não lhe garante segurança.
De fato, a razão tem fugido de quaisquer formas despretensiosas ou não.
Ela tem medo de quando a deixamos ir embora.
Porque quando ela vai, folhas são jogadas ao vento.
Como as plumas daquele travesseiro rasgado no topo do telhado.
Que esvoaçavam felizes, com algum destino desconhecido.
Mas que nunca à sua casa tornam.
A maior parte das pessoas tenta definir o amor; outra parte opta pela paixão ou, ainda, existem aqueles que desejam definir a própria vida. Tenho certeza que muitos já até tentaram definir o seu “eu” do âmago, o que na verdade sempre acaba em um dos dois fins: ou você diz ser o que gostaria que de fato fosse ou você é “inválido” o suficiente para tamanha descrição. Mas o que tudo isso tem a ver com música? Não é fácil, eu sei, mas diria que a música é, em seu contexto menos abrangente, a profusão de todos os outros sentimentos. Andei pensando nisso há algum tempo, e tenho declaradamente dito que só a música consegue mobilizar qualquer ponto de mim. Tentei encontrar algo que me despertasse tristeza, e o encontrei nas músicas de gênero Doom Metal, onde a melancolia era a rainha da noite. Músicas lentas, temáticas depressivas, desespero, morte ou suicídio foram os temas mais abordados. Em seguida, optei por um ambiente mais agressivo, com batidas pesadas e instrumentação diversificada, a fim de alcançar algum estado de perturbação corporal e ao mesmo tempo um prazer térreo, à matéria... E o EBM, sigla de Electronic Body Music, me proporcionou isso facilmente. Depois tentei encontrar a música do prazer carnal, das tentações humanas, da libido e do calor do sexo e sem algum problema a encontrei nas músicas eletrônicas, principalmente nos estilos Psy Trance e na música Techno. Ainda existem aquelas músicas que nos direciona a um patamar de tranqüilidade, de contato com a natureza, de intermédio entre o homem-alma e a alma-homem. Dentro desse perfil, encontrei a Música Clássica e o New Age, que me fizeram encontrar a busca ao espírito através do som. Poderíamos ousar passar o dia inteiro discutindo sobre a dimensão que a Música alcança, mas seria uma análise interminável, ininterrupta, contínua, o que não é o meu propósito. A única coisa que eu poderia, então, dizer é que as mais diversas notas musicais podem ter mais vida do que as suas próprias aparências e dimensões. E a música está dentro do homem desde as eras mais remotas, fosse pelo som de pedras que se chocavam, fosse pelo mar que atormentava ou fosse pela chuva que caía incessante sob raios e trovões. A música é como o sangue que pulsa, ou como a respiração limpa de uma criança. Tem um significado muito complexo, mas ao mesmo tempo fácil de se entender. E foi assim determinado que o homem fosse música e que a sua música fosse sua mais bela forma de expressão.
Esse é o meu maior presente.